de perto e d'além mar!
Grato sou por tanto apreço.
'Té sinto que não mereço.
Mas, se de tanto que se produz,
viestes a estas letras dar conta
é porque algo a dizer-lhes tenho
e a mim o tens também.
Se me fazes crescer nestas ondas,
faço a vós algo de bem.
Salve, brazucas!
Salve, lusos!
Salve, irmão de toda Terra!
Cá o sabiá 'inda canta,
lá o fado me embala.
É prazer que encanta
poder tão perto estar
estando entre nós o mar.
Salve, lira portuguesa,
herança camoniana!
Salve, Cabo! Salve, Angola!
e todos dos outros falares.
Minh'alma é um pouco de vós,
Voss'alma em mim tem nós.
Grato sou por tanto apreço;
por companhia me fazeres
e a navegar teus olhares
pelos veios do coração
deste aprendiz de poeta.
Salve, d'além mar irmão!
Carlos Almeida
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