quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nó górdio

Oráculos e desafios...
Para destinos sombrios.

Uma espada de guerra
A resposta encerra
Cortar do tempo o liame
e desfazer o cordame
Ou continuar esperando
Seguir sempre tentando
Os deuses desenxofrar
Quem este nó decifrar

Não se vê fim ou começo
Esse oculto desapreço
Essa estranha bravata
Do laço que não desata

Preso está ao passado
Preso e inconquistado
Um reino como presente
Com trono como patente
E o prêmio do futuro
Ao mais valente e puro
Carlos Almeida



A provável lenda do nó górdio remonta ao século VIII a.C.

Conta-se que o rei da Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado. Para não esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este impossível de desatar e que por isso ficou famoso.

Górdio reinou por muito tempo e quando morreu, seu filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, porém, ao falecer não deixou herdeiros. O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a Ásia Menor.

Quinhentos anos se passaram sem ninguém conseguir realizar esse feito, até que em 334 a.C Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão, foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó. Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois.

É daí também que deriva a expressão "cortar o nó górdio", que significa resolver um problema complexo de maneira simples e eficaz.
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