quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Arte viva

Quanto à arte indígena, que na maioria dos compêndios aparece como manifestação menor, como arte de “povos primitivos”, mereceria maior destaque pela sua riqueza, sua vitalidade, sua permanência.
As análises realizadas nessa área parecem-me um pouco deficientes, com registros pobres citando “vasos marajoaras” ou “arte plumária” e apenas com o olhar de estranhamento e admiração do homem branco como ao desembarcar das caravelas. A Arte indígena, especialmente por se manter viva e ter sua evolução própria, merece estudo particular, quem sabe com ponderações sobre ser a arte de um povo em sua própria terra recebendo influências exógenas, mas acima de tudo como Arte Maior e não apenas como capítulo introdutório de menor interesse.
Fica aqui, portanto, o desafio para as autoridades no assunto e o apelo para que voltemos os nossos olhares a essas manifestações como se olhássemos para um espelho da alma da pintura no Brasil.


Carlos Almeida

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